domingo, 24 de novembro de 2013

Bronquiectasia


  • Refere-se à uma dilatação e distorção irreversível dos brônquios em decorrência da destruição dos componentes elásticos e musculares de sua parede, trazendo a principal consequência a retenção de secreção gerando um impacto negativo na vida de seus portadores.

Fisiopatologia:
  • Eventos principais: Infecção e/ou dificuldade de depuração mucociliar;
  • Ciclo vicioso: evento inicial (infecção ou condição genética primária), que leva a um comprometimento da depuração mucociliar, que possibilita a permanência de secreção por mais tempo na via aérea, promovendo uma seleção natural das bactérias e maior lesão do endotélio ciliar, causando um processo inflamatório crônico, facilitando infecções recorrentes e o aparecimento de bronquiectasias.


Sintomas:
  • Tosse produtiva persistente, com secreção mucopurulenta, em grande quantidade pela manhã, pode ser intercalada por períodos de acentuação dos sintomas (purulência do escarro, dispnéia, síbilos e hemoptíse), necessidade frequente de antibióticos;
  • Febre (principalmente ao final do dia);
  • Falta de ar;
  • Manchas de cor púrpura;
  • Suor excessivo a noite.
  

   



Diagnóstico: 

  • Tosse e expectoração úmida (aspecto variável: mucóide, mucopurulento ou purulento);
  • Hemoptise, porém é pouco frequento, assim como a dispnéia que não é um achado universal na bronquiectasia;
  • Para identificar os casos de bronquiectasia utiliza-se a TCAR (Tomografia Computadorizada de Alta Resolução).
 

Tratamento: 
  • Tem o objetivo geral de melhorar sintomas e reduzir a progressão da doença, remover causa e tratar infecções com antibióticos adequados (broncodilatadores são muito úteis);
  • O objetivo da fisioterapia nos pacientes com bronquiectasia é a mobilização da secreção retida além das pequenas vias aéreas, reduzindo o número de exacerbações infecciosas e oferecendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes. A fisioterapia respiratória, através das suas técnicas, auxiliará na remoção e mobilização das secreções brônquicas, melhorando a relação entre a ventilação e perfusão diminuindo o esforço respiratório;
  • Destacam-se o uso de recursos fisioterapêuticos manuais, padrões respiratórios induzidos pelo comando verbal ao paciente e incentivadores respiratórios.

    

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